terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ano da Fé (Outubro/2012 a Novembro/2013)





Com a Carta Apostólica PORTA FIDEI – A porta da fé – de 11 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI proclamou o ANO DA FÉ, que se estenderá de 10 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013. Ocasião próxima do ANO DA FÉ é a celebração dos 50 anos do início do Concílio Ecumênico do Vaticano II, anunciado e iniciado pelo Papa João XXIII.



O Concílio, intuição de João XXIII, foi muito além daquilo a que inicialmente se propôs: confirmar a fé católica e as verdades professadas na Igreja. Foi muito além porque significou, na verdade, uma profunda renovação da vida da Igreja, um novo Pentecostes: de uma Igreja piramidal, hierárquica, passou-se a uma Igreja comunhão; de um catolicismo vivenciado em muitas devoções, anunciou-se uma vida cristã fundamentada na Palavra de Deus e na Liturgia; de uma Igreja fechada em si mesma e em seus problemas, assumiu-se a Igreja como Povo de Deus, voltada para si e inserida na vida do mundo: tudo o que alegra e faz sofrer o mundo, alegra e faz sofrer a Igreja.

Evidente que tão grande transformação pastoral encontrou dificuldades na realidade concreta da vida eclesial. Uns queriam avançar para além do Concílio, outros queriam retroceder para O antes. Foi o Papa Paulo VI o timoneiro firme e sofrido que conduziu o Concílio a partir de sua segunda sessão e sua aplicação concreta. 

As crises foram inevitáveis numa tão gigantesca transição, e parecia, para muitos, que tudo era relativo. Nesse contexto, o mesmo Paulo VI anunciou um ANO DA FÉ encerrado em 29 de junho de 1968 com a Profissão de Fé que recebeu o nome de
Credo de Paulo VI mas que, na realidade, é o Credo do Povo de Deus. 

No transcorrer do Jubileu áureo do início do Vaticano II, o ANO DA FÉ quer ser para os cristãos uma ocasião para meditarem a aprofundarem o conteúdo da Fé cristã e católica e, ao mesmo tempo, possibilitar uma leitura aprofundada das Constituições, Decretos e Declarações promulgados por Paulo VI e os Padres conciliares.




Papa Bento XVI assim nos motiva: Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, “não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa”. Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: “Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja” (cf. Porta Fidei n° 5). 



Vamos unidos com toda a Igreja e confiantes trilhar este caminho, atravessar esta Porta, que implica comprometer-se num caminho que dura à vida inteira, pois “eu sei em quem coloquei a minha fé” (cf. 2Tm 1)

“Quero confiar à Santíssima Mãe de Deus todas as dificuldades que vive o nosso mundo na busca de serenidade e de paz; os problemas de tantas famílias que olham para o futuro com preocupação, os desejos dos jovens que se abrem à vida, os sofrimentos dos que esperam gestos e escolhas de solidariedade e de amor. Quero confiar à Mãe de Deus também este especial tempo de graça para a Igreja, que se abre diante de nós. Vós, Mãe do ‘sim’, que escutastes Jesus, falai-nos d’Ele, contai-nos sobre vossa estrada para segui-lo no caminho da fé, ajudai-nos a anunciá-lo para que cada homem possa acolhê-lo e se tornar morada de Deus. Amém!”. 

Alguns documentos para conhecer e se aprofundar mais nas maravilhas da nossa Igreja nesse Ano da Fé:

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