quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Eu estava errado. Perdoe-me!



Por qual motivo temos dificuldade de pedir perdão?


Em muitas situações de desentendimento e desconfiança nos relacionamentos humanos, bem como nas separações, brigas no trabalho e nos ambientes sociais, é importante reconhecermos uma de nossas grandes falhas: a falta de um pedido de perdão. Não reconhecermos nossos erros é um grande obstáculo na qualidade do convívio. 

Por qual motivo temos estas dificuldades? Um deles é admitir a “perda da nossa dignidade”, ter de passar por cima do nosso orgulho, sentirmo-nos ameaçados ao expormos nossos pontos fracos, ou que, ao pedirmos desculpas, o outro “nos 'passe na cara' ou use isto como uma vingança”, ou ainda que “seja lembrado pelos erros ou punido por ser honesto”. (Powell, J. 1985). Acho que, muitas vezes, você já viveu isto, não é mesmo? 

Em várias situações, sentimo-nos inferiores ao pedir desculpas; temos a necessidade de passar parte de nossa vida provando que somos sempre certos, que somos sempre capazes, que somos fortes e invencíveis. De alguma forma, esta necessidade vai sendo imposta a nós e pode ser uma grande armadilha em nossas vidas. 

Em outras situações, posso usar o seguinte pensamento: "se não recebi as desculpas do outro, por que eu vou me sujeitar a pedir desculpas?”. Isto nada mais é do que um grande processo de imaturidade, ao deixarmos que os comportamentos da outra pessoa possam determinar os nossos comportamentos e atitudes. É como achar certo roubar, porque alguém já roubou, não foi descoberto e nunca foi punido. 


Para que possamos chegar ao ponto de pedir desculpas, é válido encontrar um ponto de honestidade com nós mesmos, assumindo falhas e limitações. Esta honestidade interior faz com que vejamos, verdadeiramente, nossa responsabilidade nas situações, possamos reconhecer o que fizemos e entrar numa atitude de reconciliação com o outro. Talvez, nem sempre consigamos perdão, mas a atitude de reconhecer é totalmente sua e, certamente, muito libertadora. 

Peça desculpas, mas livre-se dos que levam você a pensar: “você provocou isto”, “só reagi assim, porque você é culpado”, “estou tratando você como fui tratado por você”. Tais formas “racionais” de explicar um fato, apenas alimentam em nós mais raiva e mais ressentimento. Faz com que cubramos nossos erros e não permite que, honestamente, possamos admitir o que foi feito de errado. 

“O perdão é instrumento de vida” (Cencini, A . 2005) e “força que pode mudar o ser humano”. Certamente, “a falha em pedir desculpas”  e em perdoar só servirão para prolongar a separação entre duas pessoas. Para isto, “a verdade precisa estar presente em todos os sinceros pedidos de desculpa” (Powell, J. 1985), compreendendo a extensão dos prejuízos que nossas atitudes, por vezes desordenadas e desmedidas, possam ter provocado na vida do outro. 

Por vezes, precisamos quebrar nossas barreiras interiores e realizarmos um grande esforço ao dizer: “Eu estava errado, perdoe-me!”, pois este esforço fará sua vida muito melhor, mesmo que o outro não aceite, de imediato, seu pedido, mas sua vida já foi mudada a partir deste gesto. 
 
Pense nisto: Para quem você gostaria de pedir perdão hoje? 


Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com
Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.
Blog: temasempsicologia.wordpress.com
Twitter: @elaineribeirosp
Fonte: cancaonova.com

Ide ao encontro do outro




É preciso romper as barreiras




Pais e filhos, irmãos, amigos e colegas de trabalho ou companheiro de missão podem conviver décadas a fio, podem ter uma relação intensa, podem se divertir ou sofrer juntos… mas persistem o lado avesso, por trás das máscaras, que nunca se expõem e nem se dissipam.

Amor e amizade transitam entre esses dois "eu" que se relacionam em harmonia e conflito: afeto, generosidade, atenção, cuidados, desejo de partilha, vontade de fazer e de ser um bem, de obter do outro o que para gente é um bem, o complicado respeito ao espaço do outro, formam um campo de batalha e uma ponte.

No relacionamento afetivo, familiar ou amizade, acredito que partilhar a vida com alguém é enriquecê-la; permanecer numa relação desgastada é suicídio emocional, é desperdício de vida.

Cabe a cada um de nós decidirmos, isso, exige auto-exame, avaliação. Vale a pena apostar quando ainda existe afeto e interesse, quando o outro continua sendo desafio em lugar de um tédio, e quando, entre pais e filhos, irmãos e outros, continuam a disposição de descobrir mais e melhor quem é esse outro, o que deseja, de que precisa, o que pede e o que lhe é possível fazer.


O outro é desconhecido para nós. As pessoas podem conviver uma vida inteira e mesmo assim, não se conhecerem totalmente. Muitas vezes o máximo que conhecemos daqueles que estão próximos a nós é somente o olhar, seu jeito de ser e suas misérias. Este é o limite em que chegamos. Mas o seu interior é um mundo desconhecido, seus pensamentos, seus sentimentos… O máximo que conhecemos de algumas pessoas é somente seu exterior. Mas o verdadeiro ser é mais do que aparência, o verdadeiro ser está no interior.

É preciso romper barreiras, devemos ir ao encontro do outro e buscar conhecer verdadeiramente o seu interior. Não podemos viver indiferentes uns para com os outros. Pois somos imagem e semelhança de Deus.

Não é fácil ir ao encontro do outro, pois em nosso interior vive um leão que precisa ser domado a cada dia. Um leão que muitas vezes mata o outro, não com as mãos, mas com a indiferença e ingratidão. É preciso romper barreiras e ir além dos nossos limites, para conhecer e se dar a conhecer.

Quando não busco conhecer o outro ou não me dou a conhecer, vivo apenas na superficialidade. Enquanto você viver haverá partes deste ‘território’ para conhecer. Tantas coisas nos foram entregues, mas se elas não vêm à tona, e nem as investigamos, tudo o que temos dentro de nós fica sem uso. Quanta coisa preciosa temos dentro de nós e por egoísmo não deixamos o outro conhecer, ficamos só na superficialidade do conhecimento de si.


Leandro Couto - Com. Canção Nova
http://blog.cancaonova.com/leandrocouto

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Coordenação e Sombras Pastorais


Navegando pela internet, encontrei um texto muito rico de Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Londrina (PR), no qual ele alerta quais os principais perigos que podem afetar a Pastoral Familiar ou qualquer outra pastoral ou grupo da Igreja. Achei muito interessante, Confiram:


A coordenação de pastoral é um serviço importantíssimo nas comunidades. A boa coordenação, aberta a Deus e às pessoas, faz a comunidade prosperar e o Reino de Deus acontecer. É um serviço que deve proporcionar prazer e felicidade.

A melhor maneira de coordenar se realiza em comunidade, em equipe. Um coordenador que fica no cargo por anos seguidos tende a se desgastar por tanto trabalhar ou a acomodar-se.

O primeiro foge quando pode e o segundo tende a se perpetuar no poder. A solução é montar uma equipe partindo das necessidades do grupo, criando assessorias (e preparando novos líderes): secretário, assessor de comunicação, de liturgia, de formação, de eventos, etc...

Os principais perigos que podem causar Sombras Pastorais são:

sábado, 10 de novembro de 2012

Nove perguntas sobre o Ano da Fé


No próximo dia 11 de outubro começará o Ano da Fé, convocado por Bento XVI. Mas de que se trata? O que deseja o Santo Padre? O que se pode fazer?


1. O que é o Ano da Fé?

O Ano da Fé “é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo” (Porta Fidei, 6).


2. Quando se inicia e quando termina?

Inicia-se a 11 de outubro de 2012 e terminará a 24 de novembro de 2013.


3. Por que nessas datas? 

Em 11 de outubro coincidem dois aniversários: o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica. O encerramento, em 24 de novembro, será a solenidade de Cristo Rei.



4. Por que é que o Papa convocou este ano?”


Enquanto que no passado era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade, devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas”. Por isso, o Papa convida para uma “autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”. O objetivo principal deste ano é que cada cristão “possa

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Missa Especial Santa Paulina



Venha participar da missa especial à Santa Paulina toda primeira quinta-feira do mês ás 19h30min. 

A missa é celebrada no oratório Santa Paulina da Paróquia São Francisco de Assis ele fica locado na Fraternidade São Damião na rua Arthur Jorge Guazzi, 439 - Bairro: Jardim São Gabriel.

Santa Paulina foi exemplo de serviço ao próximo.

Venha participar!!!

Fonte: saofranciscodeassis.org.br

CEFE Centro de Formação


CEFE Centro de Formação e Espiritualidade da Paróquia São 
Francisco de Assis - Crédito: Aguinaldo Luz

O CEFE - Centro de Formação e Espiritualidade da Paróquia São Francisco de Assis é o local apropriado para o encontro/retiro de sua Paróquia.

Venha nos conhecer!
Rodovia Julio Budisk, Km 15 - Álvares Machado-SP

Crédito: CPP Centro Paroquial de Pastoral
Fonte: CPP Centro Paroquial de Pastoral

Dízimo, expressão de Fé ao Cristo.

“Onde Deus está presente, existe vida em abundância, manifestada na pobreza, no acolhimento e na partilha”. Ao realizar tal afirmação voltamos nosso olhar para contemplar a expressão do Cristo, que é o Amor pleno, materializado na Partilha.

Quando optamos por este Amor, temos que ter a clareza que o mesmo tem na sua essência o ardor missionário, ou seja, ele é exigente de uma Fé, transformada em obra de partilha que se coloca em ação, em atividade, esta afirmação encontra-se no evangelho narrado por Mateus 8,19-20. 
Partilha por meio do Dízimo, oportunizamos
minimizar, as Dores do povo de Deus.

Ao fazer a opção pelo Cristo, assumimos as condições das suas características, desta forma, somos chamados cristãos, e assim somos convocados a viver o Amor, o Acolhimento e a Partilha.

Diante desta convocação cristã, onde o próprio Cristo nos diz na passagem acima citada “As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”, podemos nós Cristãos descansar nossa cabeça? Já que a inquietação do Cristo não passa somente pela falta do espaço físico para repouso e sim pela preocupação com o povo que sofre a dor da ausência dos bens necessários para sobrevivência, da violência, do não acesso as políticas publicas como saúde, educação, habitação. Destacamos ainda o desafio enfrentado pela igreja missionária e evangelizadora no mundo.

Enfim, com a Partilha por meio do Dízimo, oportunizamos minimizar, as Dores do povo de Deus.

Crédito: Gisele Guerra
Fonte: Gisele Guerra

Ano da Fé (Outubro/2012 a Novembro/2013)





Com a Carta Apostólica PORTA FIDEI – A porta da fé – de 11 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI proclamou o ANO DA FÉ, que se estenderá de 10 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013. Ocasião próxima do ANO DA FÉ é a celebração dos 50 anos do início do Concílio Ecumênico do Vaticano II, anunciado e iniciado pelo Papa João XXIII.



O Concílio, intuição de João XXIII, foi muito além daquilo a que inicialmente se propôs: confirmar a fé católica e as verdades professadas na Igreja. Foi muito além porque significou, na verdade, uma profunda renovação da vida da Igreja, um novo Pentecostes: de uma Igreja piramidal, hierárquica, passou-se a uma Igreja comunhão; de um catolicismo vivenciado em muitas devoções, anunciou-se uma vida cristã fundamentada na Palavra de Deus e na Liturgia; de uma Igreja fechada em si mesma e em seus problemas, assumiu-se a Igreja como Povo de Deus, voltada para si e inserida na vida do mundo: tudo o que alegra e faz sofrer o mundo, alegra e faz sofrer a Igreja.

Evidente que tão grande transformação pastoral encontrou dificuldades na realidade concreta da vida eclesial. Uns queriam avançar para além do Concílio, outros queriam retroceder para O antes. Foi o Papa Paulo VI o timoneiro firme e sofrido que conduziu o Concílio a partir de sua segunda sessão e sua aplicação concreta. 

As crises foram inevitáveis numa tão gigantesca transição, e parecia, para muitos, que tudo era relativo. Nesse contexto, o mesmo Paulo VI anunciou um ANO DA FÉ encerrado em 29 de junho de 1968 com a Profissão de Fé que recebeu o nome de